sexta-feira, 15 de junho de 2012

15 de junho, Dia Mundial de Consciencialização da Violência contra a Pessoa Idosa

A 15 de junho, as agressões sobre os idosos provocam uma reflexão, suscitada pela ONU, com o Dia Mundial da Consciencialização da Violência contra a Pessoa Idosa.

Chama-se Maria e tinha 73 anos quando o filho, toxico dependente, a regou com álcool e lhe ateou fogo. Até então, Maria nunca denunciara as agressões de que era alvo. Afinal, o agressor era o próprio filho... Os gritos de dor de Maria fizeram-se ouvir naquele dia. E só se ouviram porque a dor era insuportável.

Os vizinhos chamaram a polícia e Maria deixou de ser vítima. Deixou de ser roubada, ameaçada, agredida pelo próprio filho – sete em cada 10 crimes de violência contra idosos sucedem no seio familiar.

A realidade de Maria mudou, porque a violência atingiu níveis inimagináveis. Caso contrário, Maria guardaria para si a dor que o filho lhe causava. Hoje é o dia de Maria, o Dia Mundial da Consciencialização da Violência contra a Pessoa Idosa.

Instituída em 2006 pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Rede Internacional de Prevenção à Violência à Pessoa Idosa, a data pretende provocar uma reflexão e, nesse sentido, combater um problema social silenciado.

No entanto, não são apenas membros da família que cometem estes crimes contra a população idosa. Este problema trespassa as portas da residência. Basta ser-se idoso para estar vulnerável. Hoje é dia de refletir sobre uma realidade penosa.

Neste dia 15 de junho, no ano de 763 antes de Cristo, os Assírios assistem àquele que é considerado o primeiro eclipse solar que foi registado pelo Homem. Em 1502, Cristóvão Colombo descobre a ilha de Martinica, na quarta e última viagem à América.

Também a 15 de junho, mas em 1667, é realizada a primeira transfusão de sangue do mundo. O médico Jean Baptiste levou a cabo uma transfusão de ovelha para um rapaz de 15 anos, que viria a morrer. Baptistea acabou por ser acusado de homicídio.

Já em 1752, neste dia, Benjamin Franklin prova que um relâmpago é eletricidade na famosa experiência em que fez voar um papagaio de seda, durante uma tempestade, com raios e trovões, e obteve faíscas, a partir de uma chave.

A 15 de junho de 1844, Charles Goodyear regista a patente da vulcanização, processo de endurecimento da borracha. Goodyear torna-se dono de uma das maiores fabricas de pneus do mundo.

E em 1922, Gago Coutinho e Sacadura Cabral chegam ao Rio de Janeiro, num hidroavião, na primeira travessia aérea do Atlântico Sul. Os dois aviadores portugueses tinham saído de Lisboa a 30 de março.
A UEFA nasce neste dia, em 1954, e também neste dia, mas em 1977, decorrem as primeiras eleições democráticas em Espanha, após a ditadura de Franco.

Nasceram a 15 de junho Nicolas Poussin, pintor francês (1594), Edvard Grieg, compositor norueguês (1843), Konstantin Balmont, poeta russo (1867), Yuri Andropov, político russo (1914), Lash La Rue, ator norte-americano (1917), Jaime Montestrela, escritor português (1925), Sergio Endrigo, cantor e compositor italiano (1933), Harry Nilsson, cantor e compositor norte-americano (1941), Demis Roussos, cantor e compositor grego (1946) e Helen Hunt, atriz norte-americana (1963).

Morreram hoje Germana Cousin, mártir e santa da Igreja Católica (1601), Marguerite De Launay, escritora francesa (1750), Thomas Campbell, poeta inglês (1844), James Knox Polk, 11.º Presidente dos EUA (1849), Almada Negreiros, artista e escritor português (1970), Victor French, ator norte-americano (1989) e Ella Fitzgerald, cantora norte-americana de jazz (1996).

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Dia 12 de junho- Dia do combate ao trabalho infantil


O trabalho infantil é
Foco de nossa atenção,
Que além de desconfortável
Fere a constituição,
Pondo em risco o andamento
Do futuro da nação.

Na nossa legislação,
Antes dos 14 anos,
É proibido o trabalho,
Que à criança causa danos,
E é melhor que ela estude
Pra realizar seus planos.

De 14 a 16,
Na condição de aprendiz,
O trabalho é permitido,
Isso com a lei condiz
Quando o tempo é adequado
Às horas estudantis.

Nas regiões do país
Temos mais de 2 milhões,
Entre 10 e 13 anos,
Trabalhando em plantações,
Ruas, indústrias, e casas,
Todos sofrem explorações.

Há pais que citam razões,
Dizendo que Deus perdoa
E que o trabalho infantil
É experiência boa,
Pra renda familiar
E formação da pessoa

Mas, na verdade, a pessoa
Sofre comprometimento,
Antes da hora, o trabalho,
Freia o desenvolvimento
De novas habilidades
Do físico e do pensamento.

Se vê aborrecimento
Nos trabalhos ilegais:
Jovens e crianças vítimas
De acidentes fatais,
Quase sempre a culpa é
Dos patrões ou de alguns pais.

Sempre que nos hospitais
Crianças são atendidas,
Devem médicos e enfermeiros,
Por científicas medidas,
Descobrir quais são as causas
Das doenças ou feridas.

O SUS promove investidas
Contra o trabalho infantil,
Passando informações, hoje,
À população civil,
Pra termos menos problemas
No amanhã do Brasil.

O trabalho juvenil
precisa ser controlado,
No centro-urbano, assistido,
Na zona rural, regrado,
Pra que o adolescente
Não seja prejudicado.

O jovem sendo explorado
Precocemente envelhece,
Tem problemas de coluna,
De reumatismo e estresse,
Perde a saúde e não ganha
O conforto que merece.

O governo reconhece
Dos menores o direito
De acesso a moradia,
Alimentação e leito.
Onde muito já se fez,
Muito mais tem pra ser feito.

No Brasil, de todo jeito
O menor sofre maltrato,
É um vendendo sorvete,
Outro engraxando sapato,
O nosso sonho é um dia
Não vermos mais este fato.

Tem adulto que é ingrato,
Na criança mete a sola,
Obriga a vigiar carro,
Roubar e pedir esmola,
Matando os sonhos de quem
Só é feliz na escola.

Criança quer jogar bola,
Assistir filme e brincar.
O tempo dá pra sair,
descansar e estudar
só não dá quando ela é
obrigada a trabalhar.

Queremos cumprimentar
Os governantes e pais
Que estão utilizando
Leis e medidas legais
Pra que o trabalho infantil
Não seja visto jamais.

Agentes do SUS congregam
Em suas atividades
Saúde e educação,
Liquidando enfermidades
E instruindo pais e filhos
De diferentes idades.

Todas as comunidades
São pelo SUS contempladas,
Se há filas em excesso,
Essas serão desmanchadas
Conforme forem seguidas
As orientações dadas.

Quando as leis são aplicadas,
A cidadania avança,
A doença é prevenida,
A vida tem segurança
E o SUS tem menos despesas
Dando assistência à criança.

Vivemos a esperança
Dum país igualitário
Onde o menor não se porte
Como pequeno operário,
Explorado injustamente
Sem ver a cor do salário.

Se vê patrão ordinário
Empregar menor de idade
Pra não assinar carteira
E não pagar nem metade
Do que vale a mão de obra
Pela produtividade.

Precisa a sociedade
Resgatar urgentemente
A Lei Áurea, que livrou
Os escravos da corrente,
E livrar do trabalho escravo
Criança e adolescente.

O Brasil precisa, urgente,
Atuar pelos dois lados:
O dos jovens que trabalham
Diariamente explorados
E o dos exploradores
Que devem ser castigados.

Nos versos apresentados
Nossa intenção valeu mil,
Pela erradicação
Da mão de obra infantil,
Passando a limpo uma página
Da história do Brasil.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

“Quem é feliz não usa drogas.”


 

Há razões, nem sempre evitáveis, para que um jovem se deixe seduzir pelo uso de entorpecentes. Mas a família pode ajudar, e muito.
“Quem é feliz não usa drogas.” A tese, defendida pelo psiquiatra Içami Tiba em seu novo livro, Juventude & Drogas – Anjos Caídos, mostra aos pais que o perigo nem sempre vem de fora. Na maior parte das vezes, segundo o especialista, ele se encontra dentro da pessoa que desenvolve o vício, disfarçado de carências que, muitas vezes, pais poderiam suprir. Não existe maneira de uma família se blindar contra a ameaça. Tiba, no entanto, acredita que é possível desmistificar o problema. “É preciso exigir responsabilidades dos filhos.
As drogas não seduzem tão facilmente as pessoas que são cobradas”, diz o psiquiatra. Para Tiba, infelizmente os pais andam errando bastante na educação dos filhos. Confundem amor com permissividade. Aquela que o psiquiatra chama de ‘geração asa e pescoço’ deseja dar aos rebentos só o ‘peito e a coxa’. Querem fazer a compensação das necessidades que tiveram por meio das crianças. “Os pais estão criando os filhos para que usem drogas”, polemiza.
Amar o filho incondicionalmente – e não só quando ele tira uma nota boa na escola – é importante, mas não é suficiente. O que importa, para o psiquiatra, é educar. Afinal, as dificuldades vividas pela ‘geração asa e pescoço’ também os tornaram mais fortes para o mundo. Uma boa educação pode tornar a ameaça menos provável, mas quem educa bem não pode se descuidar. Outras variáveis estão envolvidas na sedução: circunstância, curiosidade, falta de auto-estima, vontade de permanecer a um grupo. Longe da cocaína há um mês e meio, Fernando Demarque, 26 anos, sempre considerou bom o relacionamento com a família. Acha que seu primeiro contato com as drogas, aos 17 anos, foi motivado por curiosidade e desejo de receber aprovação dos amigos. “Nunca me faltou amor”, diz ele. Se o problema sempre encontra uma fresta pela qual pode se infiltrar, o jeito é reconfigurar as relações familiares, para que os pais não sejam os últimos a saber. Isso, segundo Tiba, é possível por meio da cidadania familiar.
 
Nesse conceito de organização doméstica, ninguém faz em casa o que não pode fazer fora dela. Isolamento e solidãoMuitos pais acham que os transtornos familiares chegam ao fim assim que conseguem alimentar e educar os filhos. Como Tiba coloca em seu livro, mais do que falhas na educação, o consumo de drogas pode refletir uma série de insatisfações existenciais do jovem. Professor do departamento de psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Dartiu Xavier acredita que é o isolamento – e não as baladas noturnas – o sinal mais comum de que um jovem se tornou um ‘anjo caído’. “Ele deixa de ter amigos”, diz o psiquiatra. Xavier acredita que o tratamento do problema não pode ser imposto ao adolescente e que a solução do problema passa por estratégias que motivam o reconhecimento do vício.
Cooperação, para Tiba, é algo que um viciado em drogas não tem condições de oferecer. “Ele não consegue pensar da maneira correta e isso é um sintoma da própria doença provocada pelas drogas”, defende. A unanimidade entre os especialistas é que os pais devem estar presentes durante o tratamento. A melhor combinação para tratar o vício pode ter terapia, medicamentos e grupos de ajuda mas, se incluir os pais, funciona melhor ainda.
Fonte: Içami Tiba