sábado, 19 de maio de 2012

CORDEL SOBRE O DIA 18 DE MAIO



TEMA: ABUSO À EXPLORAÇÃO SEXUAL INFANTIL E ADOLESCENTE

A CRUEL EXPLORAÇÃO


É sempre muito difícil

Sobre certas coisas falar

Mas quando se vê e cala

Só tende a aumentar

Os ritos de crueldade

Que faz do homem animal.

A minha história pretende

Mostrar a indignação

Sobre um fato que ocorre

Por todo o nosso rincão

Da criança e adolescente

A covarde exploração.

Por isso no mês de maio

Dia 18 com mais clareza

Toda a escola se juntou

Pra falar dessa vileza

Numa linguagem singela

Mas com a devida dureza.

Pra isso foram leituras

Em todas as salas feitas

Mostrando uma crueldade

Que até o Diabo rejeita

Pela sua monstruosidade

Própria da sua faceta.

O que mais causou espanto

Em todos que isso lia

Que o maior explorador

É a melhor companhia

Da criança e adolescente

Com quem vivem todo dia.

É o padastro, tio, o primo,

Muitas vezes o “bom” amigo

Que seduzem esses coitados

Que não percebem o perigo

Que lhes tira inocência

Deles o maior abrigo.


Outras verdades lidas

Sobre o assunto pasmavam,

Alunos e professores

Muitos nem imaginavam

Das desgraças cometidas

Todos se indignavam.


E isso se deu porque

No Brasil, quanta vergonha

A cada oito minutos

Uma criança se banha

Nesse mar de lama e nojo

Que atinge suas entranhas.


Do quanto grande o crime

Ninguém fazia noção

Na América Latina,

No Caribe por extensão

O número de vitimados

Ultrapassa dois milhões.


Mas voltemos ao Brasil

Onde a prática é crime

No Estatuto que é a lei

Que a ninguém ela exime

Mas muito pouco se faz

Que desgraça esse regime.


Certeza todos tiveram

Com essa negra leitura

Que as autoridades sabem

O que passa com essas criaturas

Que veem sua vida ceifada

Por tão cruel desventura.


Será que não querem ver

O que é claro como o dia

Já que a desgraça avança

Como triste epidemia

Nas redes de Internet

Graças a essa tecnologia.

Aumentou mais o repúdio,

Contra a miséria mostrada,

Foi saber que onde a pobreza

Tem sua face estampada

Maior é a ação dos malditos

Para com as pobres coitadas.

Mas eu quero acreditar

Inda que há quem duvida

Lei que já foi aprovada

Terá que ser bem cumprida

Ou não valerá a pena buscar

Nenhuma forma de guarida



Somente clamar por Deus

O Senhor, o Dom da vida

Rezar com todas as forças

Orações que sejam ouvidas

Para que se bane da Terra

Essa mancha, essa ferida.


Autor: PROFESSOR MILTON 


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